sábado, 11 de abril de 2009

O caos de São Paulo


A Capital Submersa
O caos provocado pelas fortes chuvas em São Paulo afetou não só o trânsito, mas também a rotina da população.


As águas de março castigaram a população da capital na tarde de ontem. A tempestade que começou por volta das 15h30 e durou aproximadamente 03 horas, provocou grandes estragos em vários pontos da cidade. As regiões mais afetadas foram a zona sul e o ABC, mas outras localidades também sofreram conseqüências por causa da chuva.
As fortes enxurradas provocaram inúmeros pontos de alagamento e parou o trânsito que teve recorde de 201 km de lentidão.
Foram mais de 50 pontos de alagamento e muitas pessoas não conseguiram retornar para casa devido à espera nos pontos de ônibus e nas estações do metrô e CPTM, e as que conseguiram levaram até mais de 06 horas para fazer um percurso que em um dia comum fariam em 01h40.
Por volta das 21h00 a Avenida Cruzeiro do sul que dá acesso a Avenida Do Estado, estava totalmente congestionada, pois o rio Tamanduateí não suportou a quantidade de água e transbordou.
Na região do Ipiranga, veículos ficaram em baixo d’água e passageiros tiveram que subir no teto dos ônibus ilhados para evitar maiores problemas.
Em São Bernardo do Campo, região do ABC da capital, montadoras de carros tiveram prejuízo, pois os carros recém fabricados que estavam no pátio foram inundados.
Um outro problema causado pela chuva foi a falta de energia elétrica. Alguns bairros como a Pompéia, zona oeste de São Paulo, ficou sem o fornecimento das 16h00 as 23h00, interrompendo inclusive o funcionamento dos semáforos como declara Alexandre Moraes: “não dava para entrar no prédio por causa do portão eletrônico voltei e fiquei na casa de um amigo no Bom Retiro até a energia voltar no meu bairro”.

Outras pessoas apesar da lentidão optaram pelas linhas férreas e ainda assim levaram em média 02 horas para chegar, pois a circulação do metrô que normalmente é menor do que 03 minutos estava sendo feita com intervalo de 10 minutos.

“O Rogério sai do trabalho as 22h00, e de ônibus chega no máximo as 23h00 aqui no Jd. Tremembé (zona norte). Ontem vindo de metrô, chegou as 00h30,” afirma Tais esposa de Rogério.

Um morador da região do ABC (na grande São Paulo) que trabalha na região central levou 05h30 para chegar até sua casa, pois apesar de haver alternativas no trajeto, todas estavam em péssimas condições.

Evandro da Silva Francisco declara:
“Não é a primeira vez que passo por isso, já cheguei a ficar dentro da estação de metrô até as 03h45 esperando a situação se normalizar”.


Este problema vem se repetindo com muita freqüência na capital, apesar de o Prefeito Gilberto Kassab ter declarado em um jornal no mês de novembro que a cidade estaria “bem preparada” para as chuvas.
Sabemos que este é um trabalho não só dos órgãos públicos, mas também de toda a cidade que deve colaborar evitando jogar o lixo nas vias. Mas ainda assim, os transtornos e prejuízos à população são cada vez mais evidentes.

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