sexta-feira, 29 de abril de 2011

ULTRAPASSADA, EU?!




Nasci no ano de 1981. Logo, sou uma “gatinha” de 30 anos. Sou uma década e pouco mais velha que minha irmã. Então, não posso me considerar uma peça de museu, certo?!
Vamos ver...
Ontem, ao voltar da aula com a minha “Tchurma”, levantamos um tema que há algum tempo eu já vinha matutando na minha cachola.

“A nova era dos relacionamentos!”

Sei que não sou a pessoa mais indicada para falar sobre isso, afinal, como já se sabe, estou “disponível para o mercado afetivo” há um bom tempo. Enfim...

Observamos que de um tempo para cá, ao invés da nova geração dar um UP Grade nas coisas, estão caminhando a passos largos para o túnel do tempo, mais especificamente a idade da pedra, lascada ou polida. Ainda não sei.

Os casais de hoje estão demarcando seus territórios. Os homens mostrando sua masculinidade fazendo “xixi no poste”, e a mulherada atrás, “abanando o rabinho”.

Frases como: “Eu posso?”, “Você deixa?”, “Vou pedir pra ele (a)” são utilizadas com MUITA frequência ultimamente ... Como assim, você tem um (a) namorado (a) ou um (a) proprietário (a)?!

Tudo bem... Concessões devem ser feitas, principalmente em um relacionamento afetivo, mas PEDIR... Aí não dá!
Que tal aderir a COMUNICAÇÃO e INCLUSÃO? Comunique que vá. Digo mais e vou além, inclua seu parceiro no negócio. Pra quê ou por que pedir?

Respeite o espaço, opinião e vontade do outro. Não tem essa de obediência



***
Outra... Essa semana presenciei a seguinte cena:

Ela e ele, estudantes da mesma faculdade, porém, em cursos diferentes. Ele foi dispensado mais cedo, e ela, não. Então, ele foi dar uma conferida na sala dela antes de ir embora. Ela, que tinha acabado de dizer que precisava ir embora logo, pois tinha “tarefas domésticas” a fazer, pediu a ele que ao chegar em casa (que por acaso é dos dois), lavasse a louça. Qual foi a resposta?

- Eu não, já pago as contas!

Então quer dizer que colaborar nas tarefas domésticas é coisa do passado, ou está há anos luz daqui?

Confesso que fiquei confusa, além claro, de P da vida.

A mulherada dessa nova geração, ao invés de queimar os sutiãs, está apenas lavando as cuecas!

E me parece que quanto mais nova, pior fica. Será a inexperiência, ou o medo de ficar sozinha? Digo, ELAS, porque são elas que permitem esse tipo de comportamento. Começam a namorar (sério) com 14, 15 anos (quando não, mais cedo) e acreditam que o namoro deva ter a mesma postura de um casamento (Arcaico, claro!).



Quer um exemplo?

Dá uma olhadinha no orkut dessa galera. Dou minha cara preta, à tapa como está assim:

Relacionamento: CASADO.

Eles se referem uns aos outros o tempo todo como “meu marido”, “minha esposa”, “minha mulher” (na minha opinião, esse é o pior). Tá louco (a)?!
Mal saíram dos cueiros e aprenderam a ir ao banheiro sozinhos e já estão com essa disposição matrimonial toda. Que coragem hein!

Fora que, essa “Jovem Guarda”, aderiu literalmente ao comportamento da idade da pedra. Qualquer coisinha, eles já se grudam, se estapeiam.

O que é isso? Cadê o diálogo, a boa conversa...

Será que tanta tecnologia e informação não servem de nada?

Eles enchem a cabeça de KB, GB, MB e só! Na hora de se relacionarem, apanham seu tacape e ascendem o fogo com pauzinhos e madeirinhas?

Não quero com esse texto, mostrar um discurso feminista. Afinal, a duras penas já notei que esse negócio de direitos iguais é pura balela, mas espera lá... Dá pra rolar um meio termo?

Agora me fale: Quem é o ultrapassado dessa história?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

AUTÊNTICA



Muitos dizem por aí que ser autêntico é qualidade. Há controvérsias...

Eu, particularmente, sou uma pessoa autêntica e tenho isso como qualidade sim. Mas de um tempo pra cá, depois de protagonizar algumas situações, passei a repensar. Olho a minha volta e vejo pessoas jurando que odeiam outras, mas em fração de segundos a mesma pessoa sorri para aquela, que até então, era odiada. Vai entender! Descobri também que você assumir que não gosta da atitude de uma pessoa pode lhe trazer danos até irreversíveis. Agora pergunto... Sou obrigada a fingir que gosto de alguém só para ficar bem? Isso é ser ético, político ou falso mesmo? Sei perfeitamente que no ambiente de trabalho, por exemplo, você não pode alimentar um clima ruim (também há controvérsias hein!), mas também não vejo a mínima necessidade de assumir uma característica que não é sua, oras! Não preciso te matar, mas também, não preciso te beijar, ou será que preciso? Posso não gostar de você? Você me permite? Ok, nem Jesus agradou a todos, qual o problema de você não me agradar com suas ações e discursos? Respeite a “faixa amarela de segurança” e seguiremos nossas vidas em frente. Não faço questão de ser aceita, mas, por favor, dá pra me respeitar?! Você continua aí, na sua vidinha “politicamente correta” de personagens de acordo com a situação e eu, continuo aqui quebrando a cara por assumir daquilo e de quem gosto ou não. Mamãe já está careca de me dizer (e quem a conhece sabe que ela está careca mesmo): “Filha, na vida temos que engolir muitos sapos para sobreviver”. Concordo. Afinal, ninguém disse que seria fácil. Mas engolir sapos é bem diferente de sorrir para eles. Sou assim... desse jeito! Sorrio para o que me agrada e me fecho para aquilo que desagrada. É bem fácil perceber. Por mais que eu me esforce, não consigo pensar ou sentir uma coisa e mostrar outra. A minha maior evolução foi adaptar um filtro de língua. Penso, sinto, filtro e só então falo. Mas já pergunto: quer ouvir o que eu penso ou só quer manter a amizade? Não preciso maltratar, falar mal, espezinhar, quero apenas o direito de não gostar de você e de suas atitudes. E você, por favor, faça valer esse mesmo direito. Parentes, colegas, vizinhos... Vamos defender a nosso direito de não gostar de alguém. Vamos assumir as nossas alegrias, nossas tristezas, nossos amores até mesmo nossos dissabores. Pra quê fingir que te amo, se na verdade eu te odeio? Acho que se agíssemos assim, tudo seria mais fácil. Saberíamos de fato o que esperar do outro e até mesmo, como tratar o outro. Saberíamos exatamente o mato em que estamos lenhando. Seja você mesmo e sinta o gostinho da felicidade ao menos por alguns instantes!