domingo, 22 de janeiro de 2012

EU, EU MESMA E ANA CAROLINA



E pra quem pensou que eu não voltaria... Aqui estou eu!

Não criei esse blog com a intenção de divulgar algo, ou defender algum tema (ou bandeira). O tenho apenas, como uma válvula de escape. Daí então a demora nos posts.


Apareço por aqui para dizer aquilo que penso, mas normalmente, não posso expressar verbalmente. Ora, por ter que conviver bem no trabalho, ora para manter a harmonia familiar e por vezes, apenas, para não "agredir" a sociedade. Afinal, nesses meus 30 anos, aprendi que infelizmente a sociedade nem sempre aceita a sua real forma de pensar. Lembrando que essa "minha sociedade" nem é tão abrangente. Limita-se a trabalho, família e por vezes alguns amigos não tão próximos. Mas vamos lá...


Mais um ano se foi. Outro ano chegou e claro, coisa aconteceram nesse meio tempo.

Nem sei se cheguei a comentar, mas aquele emprego que eu tanto esperava, chegou! Sim... Ele apareceu!

Assim como todos os outros, existem seus prós e contras, mas isso eu deixo para uma próxima postagem. O que importa é que lá estou e por lá ficarei, custe o que custar.

Aliás, antes de começar a escrever esse texto, eu estava assistindo a um filme que me lembrou e muito, o ambiente de trabalho onde estou agora. Mas como disse, isso é um assunto para outro post. Ah... Que filme eu assistia?

"O diabo veste Prada".

Mas hoje vim até aqui para dizer que apesar de poucos dias em um novo ano, muita coisa (ao menos na minha cabeça) mudou. Mas confesso que essas mudanças tiveram início no ano anterior. Comecei a planeja-las em 2011, para tentar colocá-las em prática agora.

Como disse, hoje vivo em um outro ambiente de trabalho, completamente diferente de todos os outros que já havia vivido até hoje. Mas esse novo ambiente tem me mostrado que a política se faz (muito) necessária.


Infelizmente, não podemos ser aquilo que realmente somos em todos os lugares, muito menos no seu local de trabalho.


Me considero uma pessoa bacana. Mas confesso que não sou um poço de simpatia a todo momento. Afinal, sou um ser humano não é?!

Mas essa inserção de um personagem no ambiente de trabalho já não era novidade, foi apenas uma adaptação da obra mesmo.

Agora o que se tornou inédito pra mim, foi a utilização de um personagem na minha suposta vida doméstica.


Repito: Sou legal, sou bacana. Mas "péra lá", paciência tem limite...


Não posso criar uma pessoa para cada situação da minha vida. No trabalho, ok!

Mas em casa, com amigos, com supostos amores... Tá querendo me complicar né?!

Em casa, tenho que ser a compreensiva. Aquela que mesmo sem concordar com o que acontece a sua volta, se faz de desentendida e deixa a vida seguir como se estivesse tudo numa boa.

Não, não está!


Não concordo com inúmeras posturas adotadas. A dissimulação, o egoímo, a individualidade. Lembrando que a individualidade em momento algum está relacionada a privacidade. Afinal, todo ser, precisa do seu espaço.

Pensando bem, acho que é exatemente disso que estou falando, preciso do MEU espaço. Tenho a ligeira impressão de que não caibo mais aqui.

Penso diferente, quero agir diferente, mas para manter um suposto equilíbrio, não posso. Tenho que me encaixar ao que a maioria vive.


Já disse que por muitas vezes acho a democracia uma merda?!


Ou me tornei uma didatora nata, ou estou ficando ultrapassada e maluca.


Enfim...


Por várias vezes me sinto cansada, não só fisicamente, mas principalmente mentalmente. Afinal, ficar "decorando um texto" pra cada situação é muito desgastante.

Não posso ser eu mesma. Aliás, em que momento eu poderei ser?

Eu não sou nenhuma desmiolada sem consciência que não sabe que a tolerência e a paciência são virtudes. Mas, e seu eu nasci sem esse acessório?!


Já sei! Devo tentar exercitar. Ou então.... Ou então o que?!?!?

Não serei aceita? Serei cobrada mais duramente pela vida e todas essas coisas?

Só quero dizer o que penso, da maneira como penso. Ao menos no ambiente que eu acredito ser "meu".

No lado afetivo, nem sei de que forma devo me posicionar. Não quero ficar sozinha, mas também não preciso recriar uma outra Ana Carolina para poder desencalhar. Ou preciso?


Ouço muito o seguintes discursos:

Quem muito escolhe, acaba escolhido!


Você é exigente demais!

Desse jeito ninguém te aguenta!

E assim como estes, vários outros...


Mas caramba! Pra não ficar sozinha tenho que me adaptar ao outro. E o outro, não precisa se adaptar a mim?

Seria esse um pensamento altamente feminista da minha parte?

Eu, "mulher frágil e indefesa", preciso me enquadrar a um perfil, mas a outra parte segue sua vida lindamente.


Desculpe, mas comigo isso não dá!

E infelizmente se o preço dessa minha "revolta" for a solteirisse eterna. Ok, pago em suaves prestações.

O que não posso mais aceitar é me desdobrar para conviver com diferenças que

me incomodam, e muito.


Adotei uma frase que definitivamente, tornou-se a minha bandeira e saio em defesa dela custe o que custar.

"Queira ter na sua vida uma pessoa com quem você tenha prazer em conversar. Porque com o tempo, é só isso o que vocês conseguirão fazer"


Não tenho mais um corpo esguio para oferecer à ninguém. E sinceramente, nem quero.


Já passei da fase de provar que sou uma mulher interessante mostrando um decote ou algo do tipo.


Portanto, quero ter alguém ao meu lado que goste de conversar comigo. Quero ter esse prazer, e não só aquele que todo mundo já conhece.


Quero uma companhia. Seja para dormir, para comer, para dançar ou até mesmo uma companhia para não fazer nada.

Não tenho mais disposição para badalações, madrugadas e afins...

Me tornei uma pessoa do dia. E não vejo problema algum nisso.

Me desintoxiquei até do carnaval. Não vejo mais graça. Tenho outros planos, outras ideias e madrugadas e badalações, definitivamente, não fazem parte delas.


Já ouvi que não sou uma pessoa romântica.

Realmente, romantismo não é o meu forte. Mas o pouco de noção de romantismo que tenho, não tem absolutamente nada a ver com os exemplos que eu tenho tido ultimamente.


Desculpe, mas não posso considerar o convite para um banho um ato romantico.

E tão pouco frases feitas do tipo: Você é tão bonita!

Tudo bem... Talvez eu tenha uma mente um pouco mais criativa e por isso, seja mais exigente. Mas acho que todo mundo que se diz "apaixonado" pode se esforçar um pouco. Ou estou dizendo alguma bobagem?


Ahhh... Inciei esse post dizendo que uso esse blog para expor o que penso e sinto. Acho que isso agora ficou bem claro né?!


E depois de desabafar aqui, cheguei a uma conclusão:

Definitivamente, preciso do meu momento para ser eu mesma, antes que eu acabe criando conflitos entre essas várias Ana Carolina que tenho que criar para viver nesse mundo louco!