quarta-feira, 13 de abril de 2011

AUTÊNTICA



Muitos dizem por aí que ser autêntico é qualidade. Há controvérsias...

Eu, particularmente, sou uma pessoa autêntica e tenho isso como qualidade sim. Mas de um tempo pra cá, depois de protagonizar algumas situações, passei a repensar. Olho a minha volta e vejo pessoas jurando que odeiam outras, mas em fração de segundos a mesma pessoa sorri para aquela, que até então, era odiada. Vai entender! Descobri também que você assumir que não gosta da atitude de uma pessoa pode lhe trazer danos até irreversíveis. Agora pergunto... Sou obrigada a fingir que gosto de alguém só para ficar bem? Isso é ser ético, político ou falso mesmo? Sei perfeitamente que no ambiente de trabalho, por exemplo, você não pode alimentar um clima ruim (também há controvérsias hein!), mas também não vejo a mínima necessidade de assumir uma característica que não é sua, oras! Não preciso te matar, mas também, não preciso te beijar, ou será que preciso? Posso não gostar de você? Você me permite? Ok, nem Jesus agradou a todos, qual o problema de você não me agradar com suas ações e discursos? Respeite a “faixa amarela de segurança” e seguiremos nossas vidas em frente. Não faço questão de ser aceita, mas, por favor, dá pra me respeitar?! Você continua aí, na sua vidinha “politicamente correta” de personagens de acordo com a situação e eu, continuo aqui quebrando a cara por assumir daquilo e de quem gosto ou não. Mamãe já está careca de me dizer (e quem a conhece sabe que ela está careca mesmo): “Filha, na vida temos que engolir muitos sapos para sobreviver”. Concordo. Afinal, ninguém disse que seria fácil. Mas engolir sapos é bem diferente de sorrir para eles. Sou assim... desse jeito! Sorrio para o que me agrada e me fecho para aquilo que desagrada. É bem fácil perceber. Por mais que eu me esforce, não consigo pensar ou sentir uma coisa e mostrar outra. A minha maior evolução foi adaptar um filtro de língua. Penso, sinto, filtro e só então falo. Mas já pergunto: quer ouvir o que eu penso ou só quer manter a amizade? Não preciso maltratar, falar mal, espezinhar, quero apenas o direito de não gostar de você e de suas atitudes. E você, por favor, faça valer esse mesmo direito. Parentes, colegas, vizinhos... Vamos defender a nosso direito de não gostar de alguém. Vamos assumir as nossas alegrias, nossas tristezas, nossos amores até mesmo nossos dissabores. Pra quê fingir que te amo, se na verdade eu te odeio? Acho que se agíssemos assim, tudo seria mais fácil. Saberíamos de fato o que esperar do outro e até mesmo, como tratar o outro. Saberíamos exatamente o mato em que estamos lenhando. Seja você mesmo e sinta o gostinho da felicidade ao menos por alguns instantes!

Um comentário:

  1. Vc, como sempre, AUTÊNTICA!! rsrsrs
    Adorei o texto, e adorei sua liberdade de expressão. Se não gosta de alguém, não faça média... realmente fica ainda mais feio. Não gosta e ponto, cada um na sua, respeitando sim sempre o espaço um do outro. Gde bjo flor, e saudades das nossas "compartilhações"!....

    ResponderExcluir